quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Se me dói


Acabo de entrar num novo amor. Depois de achar que perdi o homem da minha vida cheguei finalmente à conclusão que não existe o homem da nossa vida, existe(m) sim o(s) homem(ns) das nossas vidas. Porque estamos em constante mudança e é de facto como se vivessemos várias vidas. Em cada etapa estamos prontas de maneira diferente para amar. E em cada momento amamos realmente de maneira diferente. Porque amar de forma igual não faz sequer sentido. E amar implica todas as coisas boas e todas as trampas que lhe vêm associadas. A dor anda lá sempre, de uma maneira ou de outra. Amores perfeitos só mesmo a flor. Quando se embarca num novo amor vêm todas as esperanças, toda a confiança que sera um amor para sempre e não nos vemos com mais ninguém senão com aquela pessoa.

Acabo de entrar num novo amor. Mas já levei nos calos que chegue e parto de pé atrás. Por segurança, por defesa. Por achar que se calhar nem mereço esta merda de ser feliz ou sequer tentar chegar lá perto. E tenho tudo, tudo, tenho uma pessoa que faz tudo por mim, que me mima os filhos, que está quando eu preciso. E teimo em achar que a qualquer momento vou perdê-lo, precisamente pela consciência que tenho que nada é eterno. E parece que quero castigar-me desta maneira, no fundo a sofrer com paranóias que me andam na cabeça.

Acabo de entrar num novo amor. E só peço que tenha forças para ter pernas para caminhar nele.
Porque se me dói...se me dói...
Morro.

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