quarta-feira, 4 de abril de 2012

O poder de poder escolher

Escolher é uma das duas coisas mais difíceis que um ser humano tem de fazer na vida.
 
E a escolha certa é a que nos valoriza enquanto pessoas e nos liberta do que nos magoa, que preserva a nossa identidade e os valores que temos como fundamentais e nos fazem ter vontade de saltar da cama todas as manhãs.
 
Não sei fingir. Ou melhor ... até sei. Faço-o muitas vezes na minha vida profissional. Ganhei muitas negociações assim. Fingindo não saber o que sei, mostrando-me incapaz de antever what comes next quando na verdade já vi tudo o que havia para ver e isso concede-me à partida uma vantagem que o meu opositor não tem. Nunca perdi uma negociação.
 
Na minha vida pessoal não sou capaz de ser assim. Dou todos os benefícios de todas as dúvidas até ao dia em que contra factos não há argumentos. Sou uma mulher de palavras e de palavra.
Mas confesso-me fascinada por Atitudes. Gestos que, ao contrário de palavras não deixam espaço a dúvidas.
 
 
E perante determinados factos fingir magoa-me. E se não posso ser eu mesma ... então estou no espaço errado.
 
 
 
 
 
E hoje acordei cedo e saltei da cama.
Sem pestanejar.
Já escolhi.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Diálogos Passados (2009-11-27)

O amor ou a arte do amar ou nem 1 coisa nem outra

NK

Durante toda a minha vida tive um conceito de amor. Conheci o platónico inicialmente e durante muito tempo confesso fui atraída por esse tipo de amor. Chorava noites e noites por amores platónicos não correspondidos e na minha solidão criava história fantasiosas do homem que me iria amar verdadeiramente.
A primeira vez que me apaixonei ao ponto de dizer amo-te estava eu nos meus 21 anos perdida nos sonhos e ilusões. A verdade é que com ele a minha definição de amor encaixava, claro que houve ajuste, moldes a fazer. Com o tempo e hoje analisando friamente o amor passou a uma enorme e grande amizade com relevos de paixão talvez porque os nossos corpos já se conhecessem tão bem e bastava um olhar para percebermos o que o outro necessitava.
Com o fim dessa relação perdi o meu conceito de amor ou apenas o escondi numa gaveta bem funda para não ter de lidar com ele e com a sua poderosa alegria e/ou a sua fria tristeza que poderia trazer.
Hoje, o meu conceito de amor ainda é o mesmo de quando tinha 21, mais maduro claro, talvez um pouco mais cauteloso, mais desconfiado mas reparo que à minha volta o conceito de amor parece ter mudado. Será que ainda me perco em ilusões?
Amor para mim é dar tudo sem ter de se pedir e receber sem ter obrigatoriamente de dar. É apoio incondicional. É desejo. É partilha. É saber que íamos ao fim do mundo por essa pessoa...
Serei eu, de facto, muito exigente? Demasiado sonhadora? Ou o conceito de amor mudou e eu ainda não o aprendi?

KT

De facto estou a ver a tua concentração….
Nem exigente, nem sonhadora… é o teu conceito…e por isso não mereces rigorosamente menos do que isso... e se para seres feliz (ou por outra teres momentos e instantes mais ou menos longos de plena harmonia) é isso, então menina… sê exigente e sonhadora!!!
Para mim amar é o que disseste e muitas mais pequeninas coisas… (tipo aqueles ditos da caixinha de fósforos… “Amor é …”
Mas é curioso e concordo contigo que a nossa maneira de amar vai mudando, torna-se mais madura, com outras necessidades, mas baseia-se sempre na partilha e no “estar lá “ de forma incondicional… é não é? Desconfiado é que não… da última, bem que caí e foi um tombo valente! E tudo porque me perdi em grandes ilusões como uma adolescente! Acho que a paixão - e o amor em sua parte - nos transportam para consecutivas adolescências! E é tão bom viver nessa adolescência madura!!!
Já me apaixonei algumas vezes… amar a serio? Não sei. Acho que também pelo menos duas! E de uma delas posso até dizer (que o sentimento ainda se mantém! Mas também me enganei e acho (quase tenho a certeza!) que imaginei sentimentos! Esta coisa de se imaginarem sentimentos é estranho, fruto talvez da carência e solidão, não será? Ou de enorme desejo que “desta vez é que é”, “agora vai dar tudo certo, tem tudo para dar certo”…
Sabem que me faz alguma confusão aquele amor não correspondido e que nunca chegou a ser palpável ou real entre duas pessoas, aquele que ficou apenas num dos lados! … Aqueles que conseguem amar à distância (não distância em Km… os que espreitam, e ficam a observar de longe!)…
Eu não conseguiria… poderia gostar, mas se visse que não era correspondido tentar-me-ia afastar e acho que não cresceria ao ponto de amar… porque para mim para chegar a esse ponto é necessário trocas: de palavras, pensamentos, historias, carícias (eventualmente!)… não sei!
O que me parece e assim em jeito de check-mate é que o conceito de amor é muito diferente entre homens e mulheres!
Perdi-me nos meus pensamentos… desculpem!!!

LB
Em tempos, mandei isto que se segue para algumas de vós. Hoje mando para todas. Ficam agora todas em igualdade de circunstancias sobre o que se passa(ou) comigo.
Apaixonei-me uma vez com 17 anos. Apaixonei-me por uns olhos bonitos, por um rapaz atraente.
Casei com ele aos 29 anos.
Divorciei-me dele aos 39 anos.
Para alem dos olhos lindos, tem 1 coração lindo, um interior bonito. É um bom ser humano. Ainda assim, o amor bateu asas e fugiu. O meu por ele. O dele por mim.
Apaixonei-me 2ª vez aos 38 anos. Sem ver cara, olhos, corpo. Apaixonei-me por palavras, diálogos, pensamentos – por aquilo que, no fundo, é a tradução do coração.
Só mais tarde vi o “físico”. E gostei. Não vos sei dizer se tivesse sido ao contrário – 1º a atracção física, depois o encontro de corações, almas, o que fosse… não sei se teria acontecido alguma coisa.
Pensei que era recíproco. Durante algum tempo, tive a certeza disso, que era recíproco.
Agora, ficou só a dor.
Por agora, não tenho definição de amor.

S

A dor passa. Passa mesmo. Isto dito por alguém que não há muito tempo passou pelo mesmo. E se passou a dor, aquela que eu julgava que ficaria para sempre.
Hoje estou feliz. Acabei de redefinir o que é o amor.
Assim de repente, a vida muda.
O teu amor está por aí à espera.

Adoro-vos.

NK

Ai mulheres, de facto cada uma de nós carrega a sua história, as suas dores e alegrias. Quantas vezes sorrimos para o Mundo e o Mundo não nos sorri, quantas vezes disfarçamos o que nos vai no peito...
E é assim, que ao ler os vossos mails me dá uma enorme vontade de chorar e de vos abraçar...
Um beijo enormeeeeeeee!!!!

LX
Opá ... caporrra, pá! O mundo não sorri porque também tem direito à vida e a estar com os azeites, pá!
Disfarçar o que me vai no peito?
Desculpa ... não é possível!!!

Ai eu hoje tou de hormona frenética ... ah pois tou!!! Não sei se foi da chuva ou da inteligência artificial composta ... mas o que é facto é que tou assim a modos que "flexisexy" como diz uma amiga minha .... e o fds tá à porta!!!!!!!!!!

vá toca a sacudir a bunda e abanar as meninges ... a auto comiseração nunca foi boa companhia para ninguém e penas têm as galinhas embora as dos galos ...

E por falar em galos ... apetece-me desancar galos hoje, não é de raiva ... é puro gozo!!

Pois é vê-lo sacudir as penas à porta do galinheiro:

"ó pra mim jeitosa! tou aqui!!! tás-me a ver????"

E a galinha quietinha no choco compenetrada no seu papel de desprezo-ignorância ...

" Olha vês? Olha ... faço pintaínhos muito bonitos!!!"

Tá bem abelha :(

"Olha, agora vou-me embora (offline) Oooops! Olá cá estou eu de novo!"....

Agora vais teclar com a Vénus de Milo que te lixas... Diverte-se a galinha podre de riso...

Escrever? Mas os galos escrevem? Epá ... agora que virei galinha decidi que sou infoexcluída: não vou ao "net pingo doce", não sei ler, não sei teclar ... e sou absolutamente insensível a fotos de bébés e crianças.

E o teatrola continua até que a galinha fecha a porta do galinheiro! E como o galo já levou c'a porta nas fuças 3 vezes esta semana ...

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Eternos putos.
Ou ... pintos.

P2R

auto-comiseração?
não me parece...
por vezes gostava que por um dia que fosse andassem nos meus sapatos....
sim...porque a mim o que me entristece são as coisas que me aconteceram...o resto foda-se, sei lidar...e não sou nenhuma pata choca...toda a vida trabalhei como uma besta...até para ter um car*** de um alfinete...sempre sustentei a casa e um ex marido...e o meu querido lindo filho...
Sou o apoio dos meus pais e família...
tenho um trabalho que nem me dá tempo para coçar...ontem cheguei a casa quase à meia noite...



NK

P2R, todas nós temos os nossos fantasmas. Cabe-nos a nós e só a nós ultrapassar ou pelo menos aprender a lidar com isso à partida que isso atrapalhe o nosso bem-estar e/ou a saúde mental. Existem dias em que todo esse peso nas costas torna-se demasiado pesado e quase impossível de carregar, são "fantasmas" que temos de lidar. Eu tenho um que ainda me atazana e não sei se um dia o ultrapassarei. Talvez a tua cruz seja nesse sentido maior que a minha porque é assim que a sentes mas eu tenho outra que é tão grande como a tua e tu essa não tens. Por isso amiga, cruzes, fantasmas, falta de auto estima, etc etc, todas temos e sim quando estamos assim, achamo-nos as ultimas e as únicas...porque afinal somos sempre nós que temos de lidar com isso.
LX, essa conversa de galos e pintos já me fez rir. Mas pá eu cá não sou galinha chocadeira, nem gosto de pintos a cantar de galo no meu galinheiro



BXL

Olá a todas,

Chego tarde pelo que vejo, mas sempre a tempo de comentar, espero eu.
Pois bem, acho que fantasmas, dores físicas ou psicológicas, temos todas.
Terão porventura nomes diferentes, aparências diferentes, mas todas nós temos marcas.
Marca do crescimento (estrias), marcas da maternidade (bicos grandes/grossos), marcas do tempo (rugas). Umas são mais visíveis que outras, mas são todas nossas ,e não vejo mal nisso.
Acho que a pior marca é certamente a marca da dor, do desalento e da tristeza. E essa nem com cremes, nem cirurgias ela sai, a não ser que façamos por isso.
O maior encanto de um homem/ mulher não advém da sua beleza exterior. Ajuda mas não vem.
Cuidem das novas auto-estimas, porque ninguém o fará por nós.

Beijos a todas, todas

domingo, 28 de novembro de 2010

Diálogos Passados (2008-11-28)

LX:

Ó gaja...fracciona o testamento...que eu estou aqui a morrer de brotoeja...isto é, vai mandando...
Não estás a escrever os Lusíadas II, não???
Não faças nada que não sintas LB. E se não sabes o que sentes faz tudo o que estiver ao teu alcance para que decubras o mais rápido possivel.
A tua vida não é só tua, gaja, tens dois filhos que merecem e precisam de ter uma mãe segura, segura do que quer. E é assim: deixa-te de merdas de energias de coisas à tua volta. As coisas à nossa volta estão carregadas de energias de outras pessoas e muitas merdas que desconhecemos. Mais que nunca: concentra-te em ti, a energia vem do que sentimos.
Faz a meditação balinesa: sorri. Vai sorrindo cada parte do teu corpo até sentir que as tuas entranhas também sorriem e para isso não precisas de mestre; o teu mestre está contigo e em ti: vai-te a ele!
Aproveita o dia. O amanhã, não o sabemos.

LB:
Sim. Carpe diem. Mas o Carpe Diem de hoje não contempla isso. Bem queria, ó queria, mas os planos (leia-se obrigações) não são os que queria. Nem respondi ao sms. Para quê?

LX:
Para quê? Para dizeres que hoje os teus filhos precisam de ti mas o teu coração está algures...que não pode ser hoje. E quem te diz isto é uma gaja que anda há 18 anos aos gritos numa praia, seja verão ou inverno, que aquele bocadinho de mundo tem que lhe bastar. E não quero que te aconteça o mesmo. Responde-lhe. E tou-me a cagar se tou a interferir na tua vida, porque não te desejo um décimo do que tenho passado.

domingo, 21 de novembro de 2010

Vítimas de vítimas

Tenho para mim que este exercício da maternidade só tem uma maneira de ser feito: pela emoção e reacção. Nunca pela razão ou pró-acção.
Porque se fosse um acto pensado com pró-actividade, ninguém se atreveria a exercitar a maternidade.
A infância é uma fase traumática, em que seres puros e de luz são conspurcados por outros seres outrora puros e de luz conspurcados por outros seres outrora puros e de luz conspurcados por outros...até chegarmos ao início dos tempos e da história da humanidade.
Na tarefa diária de formar e educar filhos, queremos para eles o melhor. E que esse melhor seja diferente daquilo que para nós foi o pior, quando esse pior foi o melhor que os nossos pais quiseram para nós.
Somos vítimas de vítimas e só sabemos é fazer mais vítimas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Diálogos Parentais (2010-11-16)

(Hoje, ao jantar)

minime: Mamy, quando eu tiver um namorado vou gostar mais dele do que de ti?
eu: não mini, vais gostar duma maneira diferente.
minime: Ufa! É que eu não ia gostar nadinha de gostar mais dum namorado do que de ti... Eu até nem gosto de rapazes...gosto mais de meninas... Quando for grande vou ter 3 filhas muito, mas muito bem comportadas...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Monólogos de mini

(no carro, atentos à reportagem que se fazia ouvir):

"Ter poucos amigos ou nenhuns é tão prejudicial à saúde como fumar 15 cigarros por dia ou não fazer exercicio físico"

minime (após longo silêncio):

O ano passado nas férias em Bragança fiz uma amiga cega, na piscina. Mas só brinquei com ela uma tarde. Se tivesse brincado mais tempo, talvez ela tivesse deixado de ser cega...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Novo conteúdo nas lancheiras dos minis

Ora, atendendo a que o IVA dos leites achocolatados e dos sumos que costumo colocar nas lancheiras dos minis, dia sim, dia não, passar a 23%, irei começar a enviar 1 garrafita de Casal Garcia ou Porta da Ravessa, já que o IVA será "só" de 13%

E acho que vou mandar uma carta à Ministra da Educação a propor que substitua o pacotito de leite achocolatado que lhes fornece ao fim de cada jornada diária por 1 garrafita dum bom vinho.