terça-feira, 30 de novembro de 2010

Diálogos Passados (2009-11-27)

O amor ou a arte do amar ou nem 1 coisa nem outra

NK

Durante toda a minha vida tive um conceito de amor. Conheci o platónico inicialmente e durante muito tempo confesso fui atraída por esse tipo de amor. Chorava noites e noites por amores platónicos não correspondidos e na minha solidão criava história fantasiosas do homem que me iria amar verdadeiramente.
A primeira vez que me apaixonei ao ponto de dizer amo-te estava eu nos meus 21 anos perdida nos sonhos e ilusões. A verdade é que com ele a minha definição de amor encaixava, claro que houve ajuste, moldes a fazer. Com o tempo e hoje analisando friamente o amor passou a uma enorme e grande amizade com relevos de paixão talvez porque os nossos corpos já se conhecessem tão bem e bastava um olhar para percebermos o que o outro necessitava.
Com o fim dessa relação perdi o meu conceito de amor ou apenas o escondi numa gaveta bem funda para não ter de lidar com ele e com a sua poderosa alegria e/ou a sua fria tristeza que poderia trazer.
Hoje, o meu conceito de amor ainda é o mesmo de quando tinha 21, mais maduro claro, talvez um pouco mais cauteloso, mais desconfiado mas reparo que à minha volta o conceito de amor parece ter mudado. Será que ainda me perco em ilusões?
Amor para mim é dar tudo sem ter de se pedir e receber sem ter obrigatoriamente de dar. É apoio incondicional. É desejo. É partilha. É saber que íamos ao fim do mundo por essa pessoa...
Serei eu, de facto, muito exigente? Demasiado sonhadora? Ou o conceito de amor mudou e eu ainda não o aprendi?

KT

De facto estou a ver a tua concentração….
Nem exigente, nem sonhadora… é o teu conceito…e por isso não mereces rigorosamente menos do que isso... e se para seres feliz (ou por outra teres momentos e instantes mais ou menos longos de plena harmonia) é isso, então menina… sê exigente e sonhadora!!!
Para mim amar é o que disseste e muitas mais pequeninas coisas… (tipo aqueles ditos da caixinha de fósforos… “Amor é …”
Mas é curioso e concordo contigo que a nossa maneira de amar vai mudando, torna-se mais madura, com outras necessidades, mas baseia-se sempre na partilha e no “estar lá “ de forma incondicional… é não é? Desconfiado é que não… da última, bem que caí e foi um tombo valente! E tudo porque me perdi em grandes ilusões como uma adolescente! Acho que a paixão - e o amor em sua parte - nos transportam para consecutivas adolescências! E é tão bom viver nessa adolescência madura!!!
Já me apaixonei algumas vezes… amar a serio? Não sei. Acho que também pelo menos duas! E de uma delas posso até dizer (que o sentimento ainda se mantém! Mas também me enganei e acho (quase tenho a certeza!) que imaginei sentimentos! Esta coisa de se imaginarem sentimentos é estranho, fruto talvez da carência e solidão, não será? Ou de enorme desejo que “desta vez é que é”, “agora vai dar tudo certo, tem tudo para dar certo”…
Sabem que me faz alguma confusão aquele amor não correspondido e que nunca chegou a ser palpável ou real entre duas pessoas, aquele que ficou apenas num dos lados! … Aqueles que conseguem amar à distância (não distância em Km… os que espreitam, e ficam a observar de longe!)…
Eu não conseguiria… poderia gostar, mas se visse que não era correspondido tentar-me-ia afastar e acho que não cresceria ao ponto de amar… porque para mim para chegar a esse ponto é necessário trocas: de palavras, pensamentos, historias, carícias (eventualmente!)… não sei!
O que me parece e assim em jeito de check-mate é que o conceito de amor é muito diferente entre homens e mulheres!
Perdi-me nos meus pensamentos… desculpem!!!

LB
Em tempos, mandei isto que se segue para algumas de vós. Hoje mando para todas. Ficam agora todas em igualdade de circunstancias sobre o que se passa(ou) comigo.
Apaixonei-me uma vez com 17 anos. Apaixonei-me por uns olhos bonitos, por um rapaz atraente.
Casei com ele aos 29 anos.
Divorciei-me dele aos 39 anos.
Para alem dos olhos lindos, tem 1 coração lindo, um interior bonito. É um bom ser humano. Ainda assim, o amor bateu asas e fugiu. O meu por ele. O dele por mim.
Apaixonei-me 2ª vez aos 38 anos. Sem ver cara, olhos, corpo. Apaixonei-me por palavras, diálogos, pensamentos – por aquilo que, no fundo, é a tradução do coração.
Só mais tarde vi o “físico”. E gostei. Não vos sei dizer se tivesse sido ao contrário – 1º a atracção física, depois o encontro de corações, almas, o que fosse… não sei se teria acontecido alguma coisa.
Pensei que era recíproco. Durante algum tempo, tive a certeza disso, que era recíproco.
Agora, ficou só a dor.
Por agora, não tenho definição de amor.

S

A dor passa. Passa mesmo. Isto dito por alguém que não há muito tempo passou pelo mesmo. E se passou a dor, aquela que eu julgava que ficaria para sempre.
Hoje estou feliz. Acabei de redefinir o que é o amor.
Assim de repente, a vida muda.
O teu amor está por aí à espera.

Adoro-vos.

NK

Ai mulheres, de facto cada uma de nós carrega a sua história, as suas dores e alegrias. Quantas vezes sorrimos para o Mundo e o Mundo não nos sorri, quantas vezes disfarçamos o que nos vai no peito...
E é assim, que ao ler os vossos mails me dá uma enorme vontade de chorar e de vos abraçar...
Um beijo enormeeeeeeee!!!!

LX
Opá ... caporrra, pá! O mundo não sorri porque também tem direito à vida e a estar com os azeites, pá!
Disfarçar o que me vai no peito?
Desculpa ... não é possível!!!

Ai eu hoje tou de hormona frenética ... ah pois tou!!! Não sei se foi da chuva ou da inteligência artificial composta ... mas o que é facto é que tou assim a modos que "flexisexy" como diz uma amiga minha .... e o fds tá à porta!!!!!!!!!!

vá toca a sacudir a bunda e abanar as meninges ... a auto comiseração nunca foi boa companhia para ninguém e penas têm as galinhas embora as dos galos ...

E por falar em galos ... apetece-me desancar galos hoje, não é de raiva ... é puro gozo!!

Pois é vê-lo sacudir as penas à porta do galinheiro:

"ó pra mim jeitosa! tou aqui!!! tás-me a ver????"

E a galinha quietinha no choco compenetrada no seu papel de desprezo-ignorância ...

" Olha vês? Olha ... faço pintaínhos muito bonitos!!!"

Tá bem abelha :(

"Olha, agora vou-me embora (offline) Oooops! Olá cá estou eu de novo!"....

Agora vais teclar com a Vénus de Milo que te lixas... Diverte-se a galinha podre de riso...

Escrever? Mas os galos escrevem? Epá ... agora que virei galinha decidi que sou infoexcluída: não vou ao "net pingo doce", não sei ler, não sei teclar ... e sou absolutamente insensível a fotos de bébés e crianças.

E o teatrola continua até que a galinha fecha a porta do galinheiro! E como o galo já levou c'a porta nas fuças 3 vezes esta semana ...

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Eternos putos.
Ou ... pintos.

P2R

auto-comiseração?
não me parece...
por vezes gostava que por um dia que fosse andassem nos meus sapatos....
sim...porque a mim o que me entristece são as coisas que me aconteceram...o resto foda-se, sei lidar...e não sou nenhuma pata choca...toda a vida trabalhei como uma besta...até para ter um car*** de um alfinete...sempre sustentei a casa e um ex marido...e o meu querido lindo filho...
Sou o apoio dos meus pais e família...
tenho um trabalho que nem me dá tempo para coçar...ontem cheguei a casa quase à meia noite...



NK

P2R, todas nós temos os nossos fantasmas. Cabe-nos a nós e só a nós ultrapassar ou pelo menos aprender a lidar com isso à partida que isso atrapalhe o nosso bem-estar e/ou a saúde mental. Existem dias em que todo esse peso nas costas torna-se demasiado pesado e quase impossível de carregar, são "fantasmas" que temos de lidar. Eu tenho um que ainda me atazana e não sei se um dia o ultrapassarei. Talvez a tua cruz seja nesse sentido maior que a minha porque é assim que a sentes mas eu tenho outra que é tão grande como a tua e tu essa não tens. Por isso amiga, cruzes, fantasmas, falta de auto estima, etc etc, todas temos e sim quando estamos assim, achamo-nos as ultimas e as únicas...porque afinal somos sempre nós que temos de lidar com isso.
LX, essa conversa de galos e pintos já me fez rir. Mas pá eu cá não sou galinha chocadeira, nem gosto de pintos a cantar de galo no meu galinheiro



BXL

Olá a todas,

Chego tarde pelo que vejo, mas sempre a tempo de comentar, espero eu.
Pois bem, acho que fantasmas, dores físicas ou psicológicas, temos todas.
Terão porventura nomes diferentes, aparências diferentes, mas todas nós temos marcas.
Marca do crescimento (estrias), marcas da maternidade (bicos grandes/grossos), marcas do tempo (rugas). Umas são mais visíveis que outras, mas são todas nossas ,e não vejo mal nisso.
Acho que a pior marca é certamente a marca da dor, do desalento e da tristeza. E essa nem com cremes, nem cirurgias ela sai, a não ser que façamos por isso.
O maior encanto de um homem/ mulher não advém da sua beleza exterior. Ajuda mas não vem.
Cuidem das novas auto-estimas, porque ninguém o fará por nós.

Beijos a todas, todas

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