quinta-feira, 27 de maio de 2010

Monólogos passados. (06.10.2009)

"P2R:
E tu como estás?
 
LX:
A resolver a minha vida P2R. E a praticar o que ando a pregar.
 Porque há coisas na vida que eu não me posso dar ao luxo de perder. E é preferível não ter. Um dia quem sabe?
(...)
Após um divorcio a carência é tanta que com muita facilidade vemos em alguém do sexo oposto um remédio para a dor que nos assola. E essa pessoa apenas nos distrai dos problemas que temos que resolver connosco e que só o tempo nos ajudará a resolver. A poeira tem de assentar. para se poder recomeçar."
 
8 meses depois ... tudo diferente. tudo igual.
Há dias em que tudo é igual.
 
 
 

 

Os dias não do pós-divórcio.

Às vezes tenho dias não.
E às vezes esses dias arrastam-se.
 
É uma sensação estranha.
Vontade estar sózinha.
Ou acompanhada em silêncio.
Acompanhada do olhar amigo e silencioso de quem passa pelo mesmo e sabe dar valor.
De quem sabe como é.
 
É uma vontade de parar tudo até que o que vai dentro de mim amaine ... para que eu me recomponha e possa acompanhar o passo do que se passa à minha volta.
A escola dos garotos, os testes, as actividades extra, as chatices de família, o trabalho que não pára de aumentar bem como as despesas de casa. Há dias em que tudo isto é demais e por muito que eu planeie e antecipe ... há dias em que é tudo ... demasiado.
 
Eu sei que preciso de tempo.
Sei que é cedo.
Sei que por muito que a minha consciência esteja em paz ... há dias em que a minha alma se revolve como se fosse um corpo insomne à procura de razões que a aquietem.
Como se alma pudesse ter razões.
 
 
Um dia destes a minha alma vai serenar.
Espero que não falte muito tempo.
Porque a minha alma não tem calendário.
E se tivesse não o saberia ler.

sábado, 22 de maio de 2010

danos colaterais?

Pasmem, o pai não foi à festa de fim de ano da escola.
E perguntam-me vós porquê?
Porque a sua nova namorada fez uma birra, e queria ir, e o pai tinha dito que ela não podia ir.
Então, a melhor solução que ele arranja é não ir à festa de fim de ano.
Danos colaterais, diz ele.
Danos colaterais? mas por que carga de água é que as crianças é que tem que levar com os dados colaterais?
Fico fula, mas tão fula.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O que acontece quando estamos tão desiludidos com a vida e connosco que deixamos de acreditar?

O que fazer a seguir?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Monólogos Passados (20-05-09)

by LX:

Ninguém ensina nada a ninguém... as pessoas é que aprendem, se quiserem ou puderem, acrescento eu: mas na verdade eu tenho aprendido muito com as pessoas que cruzam/cruzaram a minha vida. Bem hajam.
Ser feliz é um caminho não uma meta. É andar de coração aberto (entra muita bordoada que nos ensina a avaliar o que temos de bom e nos faz crescer sai muita dor e muita mágoa) pois esta é a unica maneira de garantir que estamos à altura do desafio.
É saber dar graças por se estar vivo.
É aceitar ser-se virado do avesso sem pré-aviso pelo simples facto de se acreditar, de se ter fé porque se aceita que o amanhã será sempre melhor. Ainda que amanhã seja daqui a uns tempos...

domingo, 16 de maio de 2010

Pois não chega. O amor não chega.
Só chega quando temos dezasseis anos e a vida e os sonhos todos pela frente. quando somos meninas e acreditamos que não precisamos de mais nada para viver. Quando somos um livro limpo cheio de páginas em branco para escrever.
Mas a vida que é dura e desconfortável, encarrega-se de mostrar isso. Que não chega.
Não chega porque já vivemos demais para saber que precisamos de muito mais para além de amor para viver.
O amor pelos filhos é incondicional, mas esse amor não nos torma melhores mães. Tornanos simplesmente mães. Por isso são a nossa prioridade e a nossa responsabilidade.
Por isso se encontram no topo da piramide e nós em segundo, muitas vezes em terceiro lugar.
Por isso só nos permitimos fazer algo por nós, quando cumpridas as responsabilidades e respeitadas as prioridades relativas aos nossos filhos.
Não, o amor só não chega.

sábado, 15 de maio de 2010

Não chega

Sou adulta. E mãe. A conjugação deste duplo estatuto gera responsabilidades e a necessidade de definir prioridades. Respeitadas as responsabilidades, cumpridas as prioridades, então, sim, pode vir o meu bem estar e prazer. Feito o que devo fazer e o que tenho que fazer, então posso fazer o que quero e quando posso.
No meu percurso de vida pesa-me a consciência de um querer, um querer muito muito muito: ser mãe. E depois descobrir que não basta querer; é preciso saber. Mais: não há segunda oportunidade, não há delete, não há start over again.
Os meus filhos são a minha responsabilidade, o topo das minhas prioridades. Só não quero que sejam o meu sacrificio. Não me dou bem com sacrificios.
Amo os meus filhos. O unico amor eterno que conheço. Mas o amor não chega.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dialogos Parentais (12-05-2010)

(hoje ao jantar)
mini: mamy, gostas de algum rapaz lá do teu trabalho?
eu, em pensamento - ora bem, parece-me uma adaptação da minha clássica pergunta: "mini, gostas de algum rapaz lá da escola?")
eu: não mini, não gosto de nenhum rapaz do trabalho
mini: e tens namorado?
eu,em pensamento - mau... o que é que vem por aí...
eu: não mini, não tenho namorado
mini: quando tiveres vou ter dois pais
eu, em pensamento - mau, mau, isto não é uma pergunta; é uma afirmação...
eu: claro que não mini. Tu já tens pai e só tens um e só vais ter um. Sempre.
mini: quando tiveres namorado, ele não vem viver cá para casa
eu, em pensamento - como????
eu: não? porquê?
mini: porque já somos muitos cá.