terça-feira, 24 de novembro de 2009

Powergajas: todas feitas num 8



Num primeiro encontro, este blog poderá parecer um pouco estranho.


A começar pelo nome: "PowerGajas: Diálogos & Monólogos". Ora bem. Primeira impressão: Power gajas?! Que raio de invenção vem a ser esta? ! À primeira exclamação silenciosa, unipessoal e intransmissível, segue-se o primeiro pensamento sonoro e colectivo: “este mundo está perdido!!! Venham ver o que eu descobri. Umas tipas armadas em boas”.


Num segundo momento, ainda projectados pelo élan da descoberta, decidem prosseguir a leitura, pois já estão um pouco convencidos de que se vão rir e muito. Mulheres armadas em poderosas, só pode dar em coisa boa. Pois, muito bem, estejam descansados, pois não estarão muito longe da verdade!!! Oh oh!!!!! O pai Natal existe e as powergajas também!!!


Num terceiro momento, agora já retraídos nas vossas cadeiras, rostos colados ao ecrã do vosso computador, decidem investir nos primeiros posts. Silenciosos e compenetrados. Afinal, trata-se de um acto solene.

Eis que fazem a descoberta do momento: são oito, oito “mulheres maravilha” num único blog. Que imaginação ou que estupidez pegada! Ficam hesitantes, mas não se desarmam. É pois o prenúncio do quarto e último momento de confirmação: este blog é para ler!


Pois bem. Somos mulheres, oito. Todas na casa dos trintas, maduras portanto (ou em vias disso..cof, cof...). Somos todas diferentes. Muito diferentes. E aqui basicamente fala-se de nós Egocêntricas, dirão vocês??? Nãaaaaaaaa. No Way!. Gaijas. Ponto.


Os nossos diálogos nasceram assim, do nada, ou melhor da dor e da solidão conjugadas numa única experiência: o divórcio.


Não precisámos de um rosto, nem de um nome mas de uma experiência, uma experiência que deixou marcas, profundas, demasiado profundas e que falam por si só, e muitas vezes por nós. Os “diálogos e monólogos das powergajas” retratam isso mesmo: desabafos, agres e doces, tristes e alegres, saudosos e esperançados baseados numa experiência comum feita de incoerências e de contradições.


Estes Diálogos retratam histórias contadas na 1ª pessoa, em monólogo ou em diálogo, a respeito de uma realidade social que todos conhecem (ou talvez não). Todos nós sabemos o que é um divórcio. Sabemos que ele existe, conhecemos a sua frequência estatística, as suas causas, mas não lhe conhecemos a sua real dimensão humana, infinitamente plural, e profundamente solitária.


O disparate e a loucura serão sentimentos recorrentes: aqui fala-se de revoltas, de rasgos de dor, de vidas estilhaçadas e de perdas de referências. Mas aqui também se fala de renascimentos e de vitórias. Fala-se de amor, de prazer, de amizade, de esperança, de sorrisos e de afectos.


No final, os desabafos de oito mulheres irão subsumir-se no retrato de uma caminhada difícil, feita de curvas e de contra-curvas, onde o passado é seguramente um tesouro bem guardado, o presente, uma descoberta verdadeira, e o futuro, um sonho sem limites.



Post by BXL

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