terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A partilha dos filhos no divórcio

Nas minhas deambulações pelo FD, habituei-me a ler relatos de dor relacionados com a partilha dos filhos. Com a divisão do tempo dos filhos. Com a apropriação exacerbada dos filhos por um ou pelos dois progenitores. E não só no FD; também na vida que me rodeia, nos casais desfeitos com que me cruzo, no relatos de jornal. De pais e/ou mães que lutam por um tempo com os filhos, que fogem, desaparecem no mundo com os filhos sem deixar rasto. E a dor, o desespero de quem fica sem eles, de quem se vê privado das crias. Seja por um jantar à 4ª feira, seja por um fim de semana, por um período de 15 dias de férias ou por uma vida.
Nunca vi/li/assisti a uma discussão pelo direito à privação dos filhos; pelo direito ao exercício do egoísmo. Pelo direito (mais que legitimo) pelo tempo individual, pessoal, egocêntrico, exclusivo, dedicado a si mesmo(a).
Só eu e o pai dos meus filhos. Não uma discussão, no sentido negativo de discussão; antes uma conversa, uma definição, uma divisão equitativa de tempos. Mas a tónica colocada na divisão equitativa para o exercício do egocentrismo e não do da partilha do tempo com os filhos.
E, aos meus olhos, parece-me a tónica acertada.

Sem comentários:

Enviar um comentário